Copyright © Curly Moments
escrito por Ana Sarmento e Acir Tolezani
quarta-feira, 17 de junho de 2015

Just for you.

Ei, você. É você mesmo. Todas essas palavras são suas.

Talvez você ainda não saiba que colocar palavras em um plano é o meu escape. Preferencialmente no papel, mas é que agora tá tarde e eu não quero ter que levantar da cama, então to escrevendo aqui mesmo. Outra coisa é que se eu escrever as coisas no papel, elas vão parar num lugar que eu costumo chamar de "folhas proibidas", lugar esse onde as palavras se acomodam e raramente são lidas.

Eu nunca escrevo pra alguém. Nem sobre alguém. Acho que isso já foi dito em algum lugar por aqui. Eu escrevo sobre coisas que não aconteceram fora da minha cabeça. Sobre pessoas que eu nunca conheci, ou que com o passar do tempo eu passei a não mais conhecer. Mas eu preciso escrever sobre você.

Talvez você não acredite, mas bastou uns poucos minutos pr'eu saber que queria você na minha vida. Pode até não ter parecido, eu às vezes ainda tenho essa mania de não deixar as pessoas verem o efeito que elas tem sobre mim, mas é verdade. Na metade do meu café, eu já sentia sua falta. A gente nem sabia quando ia embora, mas eu já queria ficar por muito mais tempo. É engraçado como essa sensação se tornou uma coisa tão frequente. Eu sinto a mesma coisa todas as vezes que estamos juntos.

Talvez você também não saiba, mas os momentos que eu escolho ficar quieta é pra apreciar as coisas que a gente está vivendo. Saborear mesmo. Aproveitar a maravilha que é poder ficar em silêncio sem ficar constrangida, a não obrigatoriedade de ter planos sempre traçados com perfeição, mas principalmente, pra poder gravar o máximo dos nossos momentos juntos na minha cabeça. Passando e repassando os fatos e memórias, como um filme sendo rebobinado.

Talvez eu nunca tenha comentado o quanto eu sempre achei ridículo casais exagerados, gente que nem se conhece direito e fica se declarando, todas essas coisas que a gente abomina antes de achar alguém que nos faça mudar de ideia. Mas aí a gente se achou. E eu espero que a gente continue se achando, porque por mais clichê que seja, você consegue manter a minha sanidade. Em tão pouco tempo, você se tornou um porto seguro.

Então essas palavras são todas suas. E olha que quem escreveu também é.


0 comentários:

Postar um comentário